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Quanto vale um projeto?

Em todos os lugares. Sério.

 

Quando disse que o meu escritório de Arquitetura e Engenharia iria oferecer, também, serviços online, as pessoas balançavam a cabeça negativamente e diziam, timidamente: “Difícil, não?”. Sim. Mas todo trabalho é difícil.

 

Mas a questão não foi dificuldade. A internet faz justamente o contrário. Ela facilita. Difícil mesmo é quebrar paradigmas.

 

Não foi o fato de oferecermos serviços online que garantem (ou não) o nosso sucesso. O segredo é que oferecemos algumas coisas a mais. Algumas coisas que estavam em falta no mercado online e no não online: Arquitetura e Engenharia trabalhando em conjunto é uma delas. Além disso, ainda temos muita personalização no trabalho. E a realidade é que todos os clientes querem ser bem tratados e bem atendidos. O fato de ser online foi o menor dos problemas.

 

No entanto, todo mundo está online. O nossos pais estão! Em muitas casos, já estão mais online que nós mesmos. Eles estão assistindo novela e “Scrolling” ao mesmo tempo. Tem gente que diz que são eles que estão acabando com o Facebook. Prefiro não opinar, minha mãe vai ler esse texto.

 

Ouvi uma frase esses dias, que não lembro quem a disse (me ajudem nos comentário!) que é mais ou menos assim: “Em tempo de serviços “on demand”, a curadoria vale muito dinheiro”. Confesso que não tinha entendido. Mas hoje, faz mais sentido.

 

Vou tentar traduzir como a entendi: Infinitos produtos estão na internet e disponíveis a qualquer momento (“on demand”). Muitos deles vieram de forma avassaladoras e cobrindo uma demanda que antes era oferecida com baixíssima qualidade. Da pra fazer um listão. Mas estou evitando escrever “textão”. Continuando, o que ainda é um pouco difícil de encontrar são serviços personalizados. Atendimento diferenciado e com preços negociados e moldados de acordo com cada necessidade.

 

No Geral, essa falta, preenchíamos com serviços locais, dentro do nosso bairro. Por exemplo, quando você procurava os serviços de Arquitetura/Engenharia, normalmente busca aquelas pessoas referenciadas localmente. Perguntamos ao nosso vizinho quem foi que projetou a sua casa.

 

Perguntamos aos nossos conhecidos locais, quem é o melhor profissional da cidade e quanto ele cobra. Não é assim que funciona? Se você veio de uma cidade pequena, assim como eu, sabe do que estou falando. Muitas vezes temos que escolher dentre duas ou no máximo três opções e que muitas vezes, como cliente, nos curvamos aos serviços ali oferecidos. Falta aquela coisinha a mais, sabe? Esse paradigma está mudando.

 

Conversado com uma cliente muito querida, ela me fez uma confissão: “Fiquei com medo em contratar o serviço de vocês, por ser um serviço basicamente online”. A minha resposta foi: “Essa é uma preocupação que atinge 100% dos nossos clientes”. Rimos juntos.

 

Empresas com essa dinâmica têm a vantagem de estar em qualquer lugar. Nesse momento, estou em um avião indo pra Lituânia. Mas, a noite, tenho uma reunião via Skype com São Carlos. Minha sócia estava na feira de Milão à poucos dias atrás, entendendo todos os últimos lançamentos. Isso é incrível.

 

A questão é que a internet facilita a nossa vida (ponto). Foi difícil a venda de tênis e sapatos online engrenar. E olha que é um produto que teoricamente temos que experimentar, tocar e sentir. Hoje é o primeiro lugar que buscamos (outro ponto).

 

Mas veja bem, se estou escrevendo sobre isso, é justamente porque ainda encontro pessoas com essa barreira. A ideia é justamente de mostrar que essa barreira não tem fundamento. Pode ser apenas uma questão de escolha, por exemplo, tem gente que não gosta de trabalhar na internet (isso também é um ponto). Tem gente que ainda não usa internet banking. Vai entender, né? Olha a quebra de paradigma que o banco Inter está fazendo (isso não é um post pago, infelizmente).

 

Com isso, vem abaixo a falsa ideia de que o Arquiteto ou o Engenheiro tem que estar presente para projetar. Veja bem, eu disse: PRO-JE-TAR. Somos um empresa internacional e atendemos em vários países. Quem ganha com isso? O cliente. Ele se contenta em contratar aquele serviço que sempre quis, sem se render a pouca oferta local. Somos mais baratos, necessariamente? Necessariamente, não. Somos competitivos, mas o que vendemos mesmo é a qualidade. A tal da Curadoria.

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